quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PODE UM CRENTE SINCERO HERDAR UMA MALDIÇAO HEREDITÁRIA?


Pr. Elinaldo Renovato de Lima, escritor da CPAD


INTRODUÇÃO

Esse é um assunto muito polêmico, que tem ocupado espaço em revistas, livros e jornais, bem como tem sido tema de palestras em muitos seminários, principalmente nos que falam de "batalha espiritual". A fim de que haja um melhor entendimento sobre o tema, resolvemos estudá-lo na forma de perguntas e respostas.

1. O PROBLEMA: Segundo os que crêem na transmissão da maldição hereditária, mesmo os crentes em Jesus, nascidos de novo, estão sujeitos a sofrer as terríveis consequências dos pecados e das maldades praticadas pelos ancestrais, tais como doenças, insucessos na vida financeira, no trabalho, pecados sexuais, vícios, etc..

2. HÁ BASE BÍBLICA PARA TAL ENSINO ? Segundo os que aceitam essas ideias, elas se baseiam em Deuteronômio Ex. 20.05; Dt 28.15. (Ler). Veremos mais abaixo.

3. LITERATURA SOBRE O ASSUNTO.


Um dos livros mais conhecidos sobre o assunto tem por título "QUEBRE A CADEIA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA", escrito por Marilyn Hickey, editado, no Brasil, pela Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno - ADHONEP. No livro, vemos, de início, a história de uma família, que herdou uma fazenda, nos Estados Unidos e que se viu em grandes dificuldades: nada dava certo; pragas na plantação; dívidas; doenças afetavam a família; lendo a Bíblia, concluíram que estavam debaixo de uma maldição hereditária. Segundo o livro, a família orou a Deus, e quebrou a maldição daquela terra, e ela produziu como nunca houvera acontecido.

O CASO JUKES-EDWARDS.

1) Da família de JUKES, o ateu, foram pesquisados 560 dos seus descendentes: Desses, 310 morreram em extrema pobreza; 150 tornaram -se criminosos, inclusive 7 assassinos; 100 descendentes foram beberrões; mais da metade das mulheres se prostituiu. Segundo cálculos, os descendentes de Jukes custaram ao Estado, com suas vidas desregradas, Um milhão e duzentos e cinquenta mil dólares.

2) Quanto à família de Jonathan Edwards, cristão praticante, com sua família, foram pesquisados 1394 dos seus descendentes, sendo constatado o seguinte: 295 receberam diplomas universitários, sendo que 23 chegaram a ser reitores de universidades; 65 foram professores universitários; 3 senadores dos Estados unidos; 3 governadores estaduais, e outros, ministros enviados a nações estrangeiras; 130 foram juizes, 100, advogados, sendo um reitor de uma faculdade de Direito, 56 médicos, sendo um reitor da faculdade de medicina; 75 oficiais na carreira militar; 100 missionários e pregadores famosos, bem como autores destacados; cerca de 80 desempenharam alguma função pública;3 foram prefeitos de grandes cidades; um foi superintendente do Tesouro norte-americano; um deles foi vice-presidente dos estados Unidos.

4. REFLETINDO SOBRE O PROBLEMA

4.1. A VISITAÇÃO DA MALDADE dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração por parte de Deus, é destinada aos que aborrecem a Deus e não a seus filhos. Com efeito, no versículo 5 de Dst 20, está escrito: "...Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. No versículo 6, de Dst 20, lemos "E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos".

4.2. NUMA PRIMEIRA OBSERVAÇÃO

Com base nos textos citados, vemos que eles estão inseridos no contexto dos versículos 01 a 05, abrangendo o I e II. Mandamentos da Lei de Moisés, ditada por Deus. O primeiro mandamento, refere-se a não ter outros deuses além do Senhor; o segundo, diz que o seu povo não deve fazer imagem de escultura, não se encurvar a elas nem lhes servir, pois o Senhor visita a maldade dos descendentes dos que transgridem esse mandamento.

4.3. OS NASCIDOS DE NOVO

Os filhos de Deus, salvos pelo sangue de Jesus, já estão livres da maldição da Lei. Em Gl 3.13, lemos: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós: porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro". Esse texto deixa claro que com a morte de Cristo, os que o aceitam ficam livres da maldição que era prevista para aqueles que viviam no pecado, mas o aceitaram como salvador.

Outro texto interessante é o de 2 Co 5.17, que diz: "Eis que se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". As coisas velhas já passaram, graça a Deus. Que coisas velhas eram essas? Sem dúvida são as coisas herdadas do passado, do velho homem, da velha vida, coisas herdadas da família sem Deus: os maus hábitos, os maus costumes, a idolatria (que é a causa principal da maldição, conf. Ex 20.5), as feitiçarias.

Nada disso pode atingir mais o crente fiel, pois ele está guardado debaixo da proteção de Deus, cf. O Sl 9.1-7. "Não temerás espanto noturno nem seta que voe de dia, nem mortandade que assole ao meio dia; ..mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido.."

Um outro texto para análise é o de Ne 13.2, que diz que Balaão saiu para amaldiçoar o povo de Israel, mas "...o nosso Deus converteu a maldição em bênção". No Ev. s. João, Cap 5.24, lemos que a salvação de Cristo é tão grande, que abrange toda a existência, no passado, no presente e no futuro, se perseverarmos até o fim. No presente: quem crê, TEM a vida eterna; No futuro: "não entrará mais em condenação" No passado: "Já passou da morte para a vida"

4.4. DEUS É O AGENTE DA MALDIÇÃO SOBRE OS QUE O ABORRECEM.

Um outro aspecto a se anotar é o seguinte: Em Ex 20.5 e em textos semelhantes, vemos que Deus é o sujeito da visitação da maldade ou da maldição sobre os que lhe desobedecem. Neste caso, perguntamos: Como Deus vai amaldiçoar a descendência daqueles que já aceitaram a Cristo como salvador? Isso não condiz com o caráter de Deus, revelado nas Escrituras.

Ele não pode se contradizer, nem anular sua própria palavra. Se tomarmos com base Dst. 28, vemos , desde o v. 1 até o 14, as bênçãos previstas por Deus para que lhe obedecem. Ora, perguntamos, como podem tais bênçãos ocorrerem, se, ao mesmo tempo, por causa de pecados dos antepassados, a maldição persistir sobre a família dos servos de Deus? Parece-nos que existe uma contradição e um equívoco sobre os que ensinam sobre a maldição hereditária no que concerne aos crentes em Jesus.

5. COMO ENTENDER, ENTÃO, CASOS DE DOENÇAS QUE PASSAM DE GERAÇÃO A GERAÇÃO E DE PERTURBAÇÕES MALIGNAS SOBRE FAMÍLIAS DE CRENTES SINCEROS E FIEIS?

Na verdade, há casos em que famílias de crentes em Jesus, formadas por pessoas dedicadas e sinceras, que sofrem problemas os mais diversos, em termos de saúde, e adversidades financeiras e até de perturbações por parte do maligno. Segundo entendemos, as consequências do pecado de um pai podem passar para os seus descendentes.

1) Nos descrentes, sim, como maldição prevista por Deus, ou como consequência natural do pecado sobre a descendência. Um pai alcoólatra, com sífilis, certamente vai transmitir aos seus filhos as consequências do pecado, mas não o pecado em si. Um pai ou uma mãe aidética passa a enfermidade para o filho no ventre. Esse é um ponto importante: o que se transmite, hereditariamente, são os efeitos do pecado e não o pecado, pois este, segundo a Bíblia, não é hereditário. É de responsabilidade pessoal (Ver Ez 18). A Bíblia diz em Dt 24.16: "Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais: cada qual morrerá pelo seu pecado".

Vemos aí a justiça de Deus, não permitindo que os filhos, sem culpa, herdem as maldades dos pais, em termos espirituais, a ponto de morrerem por causa de seus antepassados. A responsabilidade moral e espiritual é individual perante Deus. Em Ezequiel , Cap 18, 20-22: "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. Mas se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. De todas suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá".

Com isso, vemos que o pecado não passa de pai para filho. O que pode passar são os efeitos genéticos e também a influência moral dos pais sobre os filhos; estes tendem a seguir os exemplos bons ou maus de seus pais.

2) Nos crentes em Jesus, como consequência natural, genética e que pode ser curadas por Deus. Não tem sentido Deus, que é justo, continuar a amaldiçoar a família de alguém que aceitou a Jesus, sendo nova criatura, para quem "as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". De igual modo, mesmo sem ser maldição de Deus, os efeitos do pecado podem ser transmitidos de pais não-crentes para os filhos crentes em Jesus.

Nunca, porém, a maldição, pois quem está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram. Eis que tudo se fez novo. Em Rm 8.1, lemos: "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito". Assim, não mais condenação ou maldição para os que estão em Cristo Jesus..
Em Rm 8.33-39, lemos que o crente pode passar por situações as mais adversas, tais como por tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada, mas, diz S.Paulo: "Em todas essas coisas somos mais do que vencedores , por aquele que nos amou" . Ora, em todas essas coisas, até passando por fome, nudez (que não é nenhuma prosperidade), até nisto, somos mais do que vencedores e não amaldiçoados.

Nem toda doença é fruto do pecado da pessoa nem é maldição. Vemos o caso do cego de nascença, em Jo 9. "E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus". Vemos aí um caso o interessante: Nem os ancestrais pecaram, nem o homem cego. A doença ocorrera para que se manifestassem a s obras de Deus. Jesus curou o cego e seu nome foi glorificado.

3) No caso de perturbações malignas, elas tem origem na ação do Inimigo contra o crente e sua família e não como maldição de Deus sobre os descendentes. tais perturbações podem ser desfeitas pelo poder maravilhoso e na autoridade doo Nome de Jesus. No exemplo do livro, em que a fazenda dos crentes era prejudicada pela ação dos espíritos maus, originários na feitiçaria dos índios, antigos proprietários das terras, vemos que se tratavam de ações do maligno e não da maldade visitada por Deus.

Quando oraram ao Senhor, ele desfez o efeito daquelas maldades. No caso dos JUKES, sua descendência foi prejudicada pela maldade dos pais, cujos efeitos passaram para os filhos. Sem dúvida alguma, todos eles aborreceram ao Senhor, conforme está em Ex 20.5. Por isso, Deus visitou a maldade deles nas suas gerações. É um caso bem típico de maldição familiar herdada. Se um deles houvesse aceitado a Jesus como salvador, tudo se faria novo. As coisas velhas da família seriam anuladas em sua descendência, em termos espirituais. Em termos físicos, poderiam se beneficiar da cura divina ou dos recursos médicos, colocados à disposição do homem pelo próprio Deus.

No caso dos descendentes de Jonathan Edwards, vemos que eles aceitaram a Jesus como Salvador. Como consequência, a influência benéfica do exemplo dos pais se fez sentir sobre os filhos, bem como a bênção e a misericórdia de Deus de geração a geração.

6. CONCLUINDO:

Cremos que a visitação da maldade por Deus, sobre a terceira e quarta geração é para os que aborrecem a Deus, e não para os nascidos de novo; para estes, Deus tem prometido fazer misericórdia a milhares de seus descendentes. A maldição não é transmitida diretamente e sim os efeitos do pecado sobre os filhos. Se alguém aceita a Jesus, é nascido de novo, sua vida está debaixo da proteção divina, não cabendo mais nenhuma condenação ou maldição. Que Deus nos abençoe , que possamos entender as verdades espirituais à luz da Bíblia e não de especulações doutrinárias sensacionalistas e equivocadas.

sábado, 6 de novembro de 2010

DILMA ROUSSEF, PRIMEIRA PRESIDENTE DO BRASIL


Com 56% dos votos válidos, DILMA ROUSSEF foi eleita, a 40a. Presidente da República Federativa do Brasil, e também a primeira mulher a assumir o referido cargo.

Candidata do PT - Partido dos Trabalhadores, com apoio total do atual Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Roussef venceu José Serra do PSDB, que obteve cerca de 43% dos votos.

Conheça a biografia completa de Dilma Vana Roussef, publicada no Blog Olhar Cristão de João Cruzue.


Como servos de Deus, devemos a partir de agora cumprir o papel de interceder pela presidente eleita, rogando ao Senhor que lhe dê a sabedoria necessária para conduzir os rumos do poder executivo da nação brasileira, e sei que os cristãos de maneira geral cumprirão este papel.

Isso não isenta toda a nação brasileira de estar atenta aos acontecimentos, vigilante para com a manutenção dos princípios e que se cumpra o prometido e que o congresso nacional e os brasileiros fiscalizem isso para o bem do Brasil


Parabéns à Dilma Vana Roussef, presidente eleita do Brasil


"Toda pessoa esteja sujeita as autoridades superiores, pois não ha autoridade que não venha de Deus. As autoridades que há foram ordenadas por Deus." - Romanos 13 vs

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A IMPORTÂNCIA DOS DONS NA IGREJA




Atualmente, a Igreja atravessa os seus últimos dias na terra, e é de suma importância que o corpo de Cristo venha a experimentar a realidade dos Dons espirituais nos dias atuais. Contudo, é necessário que haja mais seminários, estudos e palestras sobre este importante tema da fé cristã. O apóstolo Pedro nos orienta a servir uns aos outros com os nossos dons, conforme a multiforme graça de Deus. Conquanto, devemos manter o pleno interesse por este tema que é de suma importância para o desenvolvimento da Igreja como corpo de Cristo na Terra (Rm 12:1-4).
Sobre os dons Bíblicos, existem hoje quatro pontos de vistas que são abraçados pelos evangélicos de um modo geral. O primeiro ponto de vista é o cessacionista, onde se defende a cessação dos dons de poder e inspiração, sendo este o ponto de vista defendido historicamente pelas igrejas históricas. Entretanto, nos dias hodiernos, esta posição tem encontrado pouca guarida entre os evangélicos atuais. A segunda é a posição aberta, porém cautelosa, que defende a operação do fruto do Espírito como plataforma para a operação dos dons espirituais que são aceitos, mas com muita reserva no exercício de alguns, como línguas e profecia. A terceira posição é a pentecostal classica, onde historicamente defende-se a doutrina do batismo com o Espírito Santo como plataforma para a operação dos dons espirituais. Entre os pentecostais, é comum valorizar-se mais os dons de líguas e profecia , em detrimentos dos outros dons que para muitos são considerados apenas como talentos e não como carismas divinos. A quarta posição é a neopentecostal Carismática, conhecida também como terceira onda. Os proponentes deste movimento valorizam os carismas do Espírito Santo dando um destaque exacerbado aos dons de poder e inspiração o que, por conseguinte quando não são usados com o devido equilíbrio bíblico, geram igrejas que abordam exaustivamente temas como batalha espiritual e exorcismo.
Teologia dos dons
No original grego, a palavra Dom é “Charisma”, que significa presente, manifestações do Espírito, que nos são oferecidos mediante a graça divina por parte de Deus como sendo o doador dos Dons. De acordo com o pastor Russel N.Champlim em sua enciclopédia. “Charisma indica os dons do Espírito, as suas graças, gratuitamente conferidas para a obra do ministério. Além disso, enfoca também o dom da graça, que nos traz a salvação’’. Empreender uma busca sincera para ser cheio do Espírito Santo e receber os dons do alto é uma atitude correta; o apóstolo Paulo nos orienta desta forma:” Enchei-vos do Espírito “(Ef 5.18)”.



Os Dons têm que ser descobertos e desenvolvidos



Uma das fraquezas da Igreja de Cristo é não reconhecer, desenvolver e usar os dons que Deus deu às pessoas nos bancos.

PROPÓSITO DOS DONS: Conceder capacidades espirituais a fim de edificar a Igreja, por meio da instrumentação dos crentes e para ganhar novos convertidos

1- A Igreja e o local de edificação e crescimento espiritual do crente (Ef 4:12; 14-15)

2 – A Igreja é o lugar onde cada crente, como sacerdote de Deus tem a sua função como acontece no corpo humano (I PE 2:9; AP 1:6; I Co 12:12-27)

3 – Os Dons são oferecidos a Igreja

O MAU USO DOS DONS

- Os Dons não devem governar a Igreja.

- O mau uso do dom de profecia


*Profecia para casamento e etc)


*Falta de discernimento


- Excesso no uso dos dons o que gera o emocionalismo
- Valorizar mais os dons, do que a palavra


- Mau uso dos dons de sinais e maravilhas, com exageros na area de batalha espiritual


* Diabolização (Tudo é demônio!)


* Quebra de maldiçao hereditária




QUATRO COISAS QUE OS DONS NÃO SÃO



1o.) Os dons espirituais não são talentos naturais.



Todo ser humano, em virtude de haver sido criado à imagem de Deus, possui certos talentos naturais. Talentos são características que dão a cada ser humano uma personalidade sem igual. Os dons espirituais não devem ser considerados como talentos naturais consagrados a Deus. Pode haver uma certa ligação discernível entre as duas coisas,pois, em alguns casos (não em todos, é claro) Deus toma um talento natural em um incrédulo, e transforma isso em um dom espiritual, quando tal pessoa passa a fazer parte do Corpo de Cristo.



2o.) Não confunda os dons espirituais com o fruto do Espírito.



O fruto do Espírito, em seus vários aspectos, é descrito em Gálatas 5:22 e 23: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fé, mansidão e domínio próprio. Este fruto é a conseqüência normal e esperada do crescimento, da maturidade, da semelhança com Cristo e da plenitude do Espírito Santo na vida de todos os crentes. Os dons espirituais sem o fruto do Espírito são como um pneu de automóvel sem ar.



3o.) Não confunda os dons espirituais com os papéis dos crentes.



Quando examinamos a lista dos dons espirituais torna-se patente que muitos deles descrevem atividades que são esperadas de cada crente. Talvez o mais óbvio de todos os dons espirituais seja também um dever do crente – a Fé. Por igual modo, alguns têm o dom do ministério ou do serviço, mas todos os crentes devem servir uns aos outros (Gl 5:13).


4o.) Não confunda os dons espirituais com dons simulados.



Leia Mt 24:24 e observe o alerta que Jesus nos faz. Jesus também falou sobre aqueles que profetizariam e expeliriam demônios em Seu nome, mas que na realidade seriam praticantes de iniqüidades (Mt 7:22 e 23). No Egito, quando da ação de Moisés em prol da libertação do povo israelita, os mágicos de Faraó puderam imitar um bom número das obras prodigiosas que Deus realizou por intermédio de Moisés (confira em Ex 7 e 8).



I CO 12:12 - ALCANCE DOS DONS ESPIRITUAIS



- Cada crente salvo tem pelo menos um dom ( I Pe 4:10)
- Cada crente deve ser fiel no uso do mesmo
- Nenhum crente possui todos os dons


Na Bíblia, existem muitos dons, neste estudo listei um total de 26 dons divididos em três classes: Os dons do Pai (Rm 12.6-8), os dons do Filho (Ef 4:11), os dons do Espírito (I Co 12:8-10) e outros dons que são encontrados na palavra. A verdadeira espiritualidade se manifesta através da piedade e da disciplina que são marcas de uma vida que produz o fruto do espírito que se manifesta no amor.

DONS E CHAMADO



Muitos cristãos ficam angustiados porque não sabem para que Deus os chamou, e há outros que chegam a pensar que Deus tem prazer especial em nos chamar para realizar tarefas que não combinam com os nossos dons. Deus não chama ninguém para realizar uma tarefa para a qual ele não o capacitou. Por outro lado, se você descobrir quais são os seus dons estará muito próximo de saber também para que atividade Deus o chamou.



QUE COMBINAÇÃO DE DONS VOCÊ TEM?



Ninguém tem o direito de se vangloriar dos seus dons, pois cada pessoa no Corpo depende também dos dons dos outros (Rm 12:3, I Co 12:21-23). Cada cristão tem uma combinação diferente de dons.



COMO DESCOBRIR OS SEUS DONS OU O SEU DOM ESPIRITUAL?



Todo crente salvo possui dons espirituais, como também toda igreja local. Muitos desses talentos, porém continuam enterrados, como aquele talento não usado do capítulo 25 de Mateus; mas estes dons podem ser desenterrados e usados para a glória de Deus, visando ao desenvolvimento da igreja local.


Condições prévias fundamentais para a descoberta dos dons:



1. O primeiro passo é ser realmente convertido

2. O Segundo passo é orar no sentido de conhecer a vontade de Deus.

3. O Terceiro passo é ter uma vida de intimidade com Deus mediante o fruto do Espírito.

4. O Quarto passo é procurar ter um conhecimento amplo tanto sobre Dons como de Teologia Sistemática.

5: O Quinto passo é esperar confirmação por parte do Corpo de Cristo.

6. O Sexto passo é ter alegria. No exercício do dom, existe prazer!


Ev. Orlando Martins
Jornalista, educador e professor de Teologia

sábado, 16 de outubro de 2010

O QUE É O MOVIMENTO PENTECOSTAL ?


BASES DA TEOLOGIA PENTECOSTAL
Para compreendermos o movimento pentecostal, é necessário conhecer as suas raizes e saber que o pentecostalismo não é um movimento sem doutrina, como alguns afirmam, mas um movimento, totalmente embasado na doutrina bíblica e com fruto no dia de pentecostes, mas o que foi esse dia?

Pentecostes vem da palavra grega pentekosté e significa qüinquagésimo. A Festa de Pentecostes acontece sete semanas depois da Páscoa - mais exatamente, 50 dias - e dura um dia. Inicialmente, na "Festa da Colheita", como era conhecida, os judeus ofereciam a melhor parte de suas colheitas a Javé. Depois, passaram a comemorar Pentecostes como a "Festa da Aliança" entre Deus e seu povo. No caminho dos judeus à Terra Prometida, no monte Sinai, o líder Moisés recebeu de Deus as tábuas com os 10 mandamentos. Para os cristãos, essa festa simboliza a descida do Espírito Santo para falar aos apóstolos, a fim de que eles divulgassem suas mensagens a todas as pessoas. Foi nesse momento que a Igreja começou sua missão de evangelização do mundo.
A festa de Pentecoste é assim chamada de Festa da Primícias. O nome dado por Pentecoste foi assim chamado por iniciar 50 (penta) dias depois do término da páscoa. "Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos ao SENHOR. Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao SENHOR. (Lev. 23:1-29). Todas as festas anunciavam Jesus. No novo testamento quando os Apostolos estavam reunidos com medo de serem mortos assim como Jesus foi, ao mesmo tempo em que jejuavam e oravam a Deus, "e, CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

O Pentecostes inaugura a era da Igreja : Empreender uma busca sincera para ser cheio do Espírito Santo e receber os dons do alto é uma atitude correta; o apóstolo Paulo nos orienta desta forma:” Enchei-vos do Espírito “(Ef 5.18)”.

EVIDÊNCIAS DO PENTECOSTALISMO AO LONGO DA HISTÓRIA

Durante o período patrístico, o famoso período dos pais da Igreja, existia uma ênfase muito grande dos dons espirituais, conquanto que a manifestação dos dons espirituais era uma realidade no seio da igreja apostólica, tornando cada culto uma celebração viva da presença de Deus na igreja ( I Co 14:26). Já no século II da era cristã tanto Justino Mártir quanto Hirineu reconheciam que os dons miraculosos continuavam a operar na igreja; Já Tertuliano olhava com bons olhos a operação dos dons e posteriormente converteu-se ao Montanismo, um movimento fundado por Montano que apesar de alguns exageros, ensinava sobre a operação dos dons. João Crisóstomo e Hilário apoiavam a contemporaneidade dos dons miraculosos. Porém, no terceiro século, Constantino assume o controle da igreja e une esta com o governo o que gerou um estado de letargia dentro da comunidade cristã da época, pois muito do paganismo romano foi incorporado ao culto cristão.

Controvérsias

Havendo assim um interesse cada vez menor por parte dos cristãos em estudar os dons, o que gerou várias controvérsias teológicas sobre o uso dos dons após o período apostólico. Agostinho considerado o maior teólogo de todos os tempos no início de sua carreira se opunha veementemente ao exercício dos dons miraculosos, pois defendia o exercício de alguns dons bíblicos como os ministeriais, os de serviço e alguns dons do Espírito Santo, exceto os de poder conhecidos também como miraculosos. Já Tomas de Aquino seu discípulo no século XIII DC considerava os dons como um fator determinante para a Igreja. Ao longo dos séculos, os dons miraculosos foram aceitos entre os discípulos de Montano no século III e entre grupos menores como os quaquers e os grupos de evangelização de fronteira nos Estados Unidos entre os séculos XVIII e XIX. Entre o período pós-patristico e a reforma, houve pouca sistematização do ensino sobre dons e o povo não tinha acesso a Bíblia. Assim com o advento da reforma os dons passaram a ser mais bem compreendidos pela igreja e aceitos, quando Lutero reformou a igreja, João Calvino foi o primeiro teólogo a sistematizar a doutrina do Espírito Santo, sendo conhecido com o teólogo do Espírito Santo e assim alguns dons bíblicos passaram a ser conhecidos e aceitos no meio cristão. Como conseqüência, houve a manifestação poderosa de dons nos ministério de Charles Spurgeom, João Wesley, Finney e Moody. Em seu livro sobre o dom de profecia o destacado professor de Teologia, Wayne Grudem afirma que Charles Spurgeom constantemente exercia o dom de profecia no meio de suas mensagens.

Os Dons Bíblicos no Século XX

Já os dons miraculosos e a contemporaneidade de todos os dons foram aceitas apenas no início do Século XX, com o surgimento do movimento pentecostal que teve seu início na Escola Bíblica de Topeka em 1904, atingiu a Igreja da Rua Azuza em Los Angeles a partir de 1906 e de lá contagiou todo o cristianismo, chegando ao Brasil em 1911. Este seguramente é o maior reavivamento de todos os tempos, podendo ser conhecido também como uma nova reforma no meio eclesiástico. Após o pentecostalismo, surgiram novos derramamentos do Espírito em vários lugares do mundo e com as mais diversas denominações, levando Igrejas históricas a reverem o seu posicionamento teológico concernente à contemporaneidade dos Dons espirituais. Em suma o movimento pentecostal, nasceu do Espírito para a Igreja e assim deve ser convservado pela mesma ( I Ts 5:20)


AUTOR

EV. Orlando E.C. Martins
Professor de teologia e jornalista

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

10 RAZÕES PORQUE SOMOS CONTRA O ABORTO

O texto abaixo expressa bem as razões da não aprovação por parte dos cristãos evangélicos da descriminalizaçao do aborto no Brasil:


1. O ABORTO É CONTRA A VIDA

A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma que “todo o indivíduo tem direito à vida” (artigo 3.º). Também a Constituição da República Portuguesa declara que “a vida humana é inviolável” (artigo 24.º).

De acordo com a ciência, a vida humana tem início com a fecundação, resultante da união de um espermatozóide masculino com um óvulo feminino. Cada uma das células sexuais transporta metade da informação genética do progenitor, de modo que a célula resultante da fertilização, denominada ovo ou zigoto, recebe toda a informação genética necessária para orientar o desenvolvimento do novo ser humano.

O aborto provocado, independentemente do momento em que é realizado, acarreta sempre a destruição de uma vida humana, a quem é negada a continuação do seu desenvolvimento, impedindo-se o seu nascimento e a expressão do seu potencial como criança e adulto.

Assim, qualquer referendo ou decreto-lei que legitime a morte de um ser humano indefeso, designadamente a despenalização do aborto, sem qualquer indicação médica que o justifique, é um atentado claro contra a vida humana, e viola a própria constituição portuguesa e os direitos fundamentais do ser humano, expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.


2. O ABORTO É CONTRA A MULHER


Sejam quais forem os motivos que a originam, alguns permitidos por lei, qualquer interrupção da gravidez é uma agressão para a saúde física, mental e emocional da mulher. Sabe-se actualmente que qualquer mulher que aborta voluntariamente, mesmo nas melhores condições de assistência médica, tem um risco acrescido de lesões do aparelho genital, infertilidade, abortamentos espontâneos posteriores, prematuridade em gravidezes ulteriores, entre outros. Mais difíceis de quantificar, mas não menos importantes, são as consequências ao nível da saúde mental, nomeadamente depressão, sentimentos de culpa, sentimentos de perda, abuso de substâncias tóxicas e mesmo suicídio. O Colégio da Especialidade de Psiquiatria do Reino Unido (Royal College of Psychiatrists) chamou a atenção, já em 1992, para uma das consequências da liberalização do aborto nesse país: “Ainda que a maioria dos abortos seja realizada com base no risco para a saúde mental da mulher, não há justificação de natureza psiquiátrica para o aborto. [Pelo contrário], coloca as mulheres em risco de sofrerem perturbações psiquiátricas, sem resolver qualquer problema dessa natureza já existente”.

Por outro lado, a despenalização total do aborto, ainda que nas dez primeiras semanas de gravidez, em vez de valorizar a vontade da mãe da criança pode expô-la a pressões por parte de familiares, do pai da criança, da entidade patronal ou mesmo de profissionais de saúde (p.e. por um alegado risco de malformações no feto, que muitas vezes não se verifica), no sentido de interromper a gravidez, mesmo contra a sua vontade. Quanto mais permissiva for a lei, maior é a probabilidade destas situações ocorrerem.


3. O ABORTO É CONTRA O HOMEM


O aborto não pode reduzir-se a um acto que apenas envolve a mulher que o pratica. Há pelo menos mais dois elementos fundamentais em todo o processo: o pai da criança e obviamente o nascituro.

Ao valorizar-se a vontade da mulher de prosseguir ou não com a gravidez, remete-se para segundo plano ou ignora-se por completo a vontade do homem, co-responsável pela concepção e paternidade. Desse modo, desvaloriza-se a sua participação no processo procriativo. Ainda que muitas vezes o elemento masculino do casal não assuma a sua responsabilidade na família, através da despenalização e promoção do aborto livre, descartam-se completamente os deveres do pai da criança.

Sabe-se também, actualmente, que os homens podem sofrer de depressão pós-aborto, especialmente quando tal acto é realizado sem o seu conhecimento e autorização.


4. O ABORTO É CONTRA A CRIANÇA


Já no célebre Juramento Hipocrático (IV a. C.), ao qual os médicos têm procurado obedecer ao longo dos séculos, é expressamente referido: “não fornecerei às mulheres meios de impedir a concepção ou o desenvolvimento da criança”. Condenamos assim, veementemente, a tese de que “as mulheres têm direito ao seu corpo”, na medida em que esse suposto direito colide com princípios que consideramos absolutos, como o direito à vida do nascituro, que apresenta identidade genética própria, distinta dos progenitores.

Nos países que despenalizaram o aborto, os seres humanos correm maior risco de terem uma morte violenta nos primeiros nove meses da sua existência do que em qualquer outro período da sua vida. O útero materno, que deveria ser o lugar supremo de protecção da vida humana tornou-se assim tragicamente, nas últimas décadas, num dos locais mais perigosos. Além disso, sabe-se que muitas crianças, quando descobrem que a sua mãe fez um aborto, numa outra gravidez, desenvolvem perturbações mentais que podem requerer apoio psicológico ou psiquiátrico.




5. O ABORTO É CONTRA A FAMÍLIA


Os filhos são uma parte integrante e significativa de cada família, considerada um dos pilares fundamentais das sociedades civilizadas. A ênfase dada à autonomia da mulher sobre a sua gravidez prejudica o relacionamento conjugal e familiar. Aliás, sabe-se que mais de 80% dos abortos provocados resultam de relações sexuais extra-conjugais.

Sabe-se também que uma percentagem significativa de gravidezes não planeadas e mesmo não desejadas, se não forem interrompidas, levam invariavelmente ao nascimento de crianças que acabam por ser extremamente apreciadas e amadas pelos seus pais.

Por outro lado, ao impedir-se o nascimento de crianças através do aborto está-se a contribuir para o grave problema demográfico resultante da diminuição acentuada da taxa de natalidade, em muitos países ocidentais. O mesmo se verifica actualmente em Portugal, o que acarretará consequências nefastas a nível económico e social.


6. O ABORTO É CONTRA A CONSCIÊNCIA


É um facto incontestável que ao longo da história da humanidade, por influência do cristianismo, o aborto era considerado um crime, passível de punição. Contudo, nas últimas décadas, tem-se assistido a uma tendência no sentido da desvalorização da vida humana.

A nível individual, é indiscutível a sensação de culpa que a realização de um aborto acarreta, tanto à mulher que a ele recorre como à pessoa que o pratica. Tal facto deve-se à consciência que cada ser humano possui, e que o ajuda na tomada de decisões morais. Como afirma um provérbio francês, “não há travesseiro mais macio do que uma consciência limpa”.


7. O ABORTO É CONTRA A DIGNIDADE HUMANA


A tradição moral judaico-cristã sempre se preocupou com a defesa dos mais fracos e vulneráveis, como é o caso das crianças, dos órfãos, dos idosos e das viúvas. O aborto nunca é uma solução dignificante, nem para quem o pratica, nem para a mulher que a ele se submete, e muito menos para a criança inocente.

Concordamos com o relatório-parecer sobre a experimentação no embrião, do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (1996) que afirma que “a vida humana merece respeito, qualquer que seja o seu estádio ou fase, devido à sua dignidade essencial”.

É também um facto indiscutível que o número de abortos aumentou, por vezes exponencialmente, em todos os países que despenalizaram a sua prática.


8. O ABORTO É CONTRA O DIREITO À DIFERENÇA


Em muitos países ocidentais, a liberalização do abortamento provocado tem impedido o nascimento de crianças com anomalias cromossómicas, das quais a trissomia 21 (síndrome de Down) é a mais frequente, bem como com malformações congênitas perfeitamente compatíveis com a vida, e muitas delas com correcção cirúrgica pós-natal, como é o caso do lábio leporino ou do pé boto. Situações mais graves e complexas, como certas malformações cardíacas, podem também ser tratadas cirurgicamente, por vezes mesmo antes do nascimento.

O abortamento destas crianças contribui para uma desvalorização e discriminação de pessoas com deficiências sensorias, motoras e/ou cognitivas, que vivem vidas adaptadas e felizes, apesar das limitações.


9. O ABORTO É CONTRA A ÉTICA


O aborto, o infanticídio, o suicídio e mesmo a eutanásia eram relativamente comuns e socialmente aceites no mundo antigo greco-romano. O abortamento provocado ocasionava, geralmente, a morte da mãe. No século IV a.C. Hipócrates de Cós, com o seu Juramento, impõe uma ruptura com a cultura da morte que prevalecia nessa época. Mais tarde, após a humanização do Direito, por influência do Cristianismo, o aborto passou a ser considerado um crime no mundo ocidental. Deste modo, a norma ética, ao longo dos séculos, tem sido a defesa da vida humana desde a concepção. O aborto induzido é, assim, contra a ética, pois colide com o princípio fundamental da inviolabilidade da vida humana.

Nos raríssimos casos-limite em que a continuação da gravidez põe em risco a vida da mãe, o aborto poderá ser a única forma de salvar a sua vida, o que a actual lei já prevê.


10. O ABORTO É CONTRA DEUS


Para além de todas as razões atrás mencionadas, consideramos que o aborto é uma clara violação da vontade de Deus, revelada nas Escrituras Sagradas. O quinto mandamento declara precisamente: “não matarás” (Êxodo 20:13).

Encontramos na Bíblia a revelação inequívoca de que Deus valoriza a vida humana desde a concepção e que está envolvido no processo procriativo, como p.e. no texto seguinte, da autoria do rei David (Salmo 139: 13-16):

”Foste tu que formaste todo o meu ser; formaste-me no ventre de minha mãe (...) Conheces intimamente o meu ser. Quando os meus ossos estavam a ser formados, sem que ninguém o pudesse ver; quando eu me desenvolvia em segredo, nada disso te escapava. Tu viste-me antes de eu estar formado. Tudo isso estava escrito no teu livro; tinhas assinalado todos os dias da minha vida, antes de qualquer deles existir”.


Dr. Jorge Cruz

Médico



Editado pela Aliança Evangélica Portuguesa em parceria com a Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde

Fonte: Blog do Pr. Altair Germano

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DOMINICAL


Talvez você seja daqueles crentes que, aos domingos, só vem à igreja à noite. Quem sabe, usa o horário da manha para dormir um pouco mais, cuidar de afazeres domésticos, fazer a feira, ir ao supermercado, ao shopping, fazer uma obra em casa, etc.

Mas saiba que é aos domingos de manhã que acontece em sua igreja um dos mais importantes momentos para a sua vida espiritual.

É de manhã na escola dominical que você recebe o genuíno e sadio alimento espiritual que só pode ser obtido pelo estudo claro, metódico, continuado e progressivo da palavra de Deus.

É de manhã na escola dominical que você cresce e desenvolve-se através do estudo da palavra de Deus.

É de manhã na escola dominical que você adquire uma fé mais robusta e madura, e, assim, estará pronto e mais apto para desempenhar as atividades da obra de Deus.

É de manhã na escola dominical que você desenvolve a sua espiritualidade e o seu caráter cristão.

É de manhã na escola dominical que você aprende e realiza a evangelização; além disso, aprende a amar e a cooperar com a obra missionária.

É de manhã na escola dominical que você tem oportunidades ilimitadas para servir ao Senhor, pois é o momento para a descoberta, motivação e treinamento de novos talentos.

É de manhã na escola dominical que você se reúne com a sua família fortalecendo o relacionamento entre pais e filhos, as crianças crescem na disciplina do Senhor; e os casais aperfeiçoam a vida conjugal.

É de manhã na escola dominical que você sua vida espiritual é avivada, porque onde a palavra de Deus é ensinada e praticada, o avivamento acontece.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

BASICO E BACHAREL EM TEOLOGIA

AGORA VOCÊ PODE ESTUDAR TEOLOGIA EM SC PELO IBAD

CURSO BASICO EM TEOLOGIA PELO STSF
CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA PELO IBAD

IBAD (Instituto Bíblico das Assembleias de Deus)

- Professores qualificados

- Salas climatizadas

- Ambiente agradavel

- Ótimo curriculo

LOCAL: Assembléia de Deus do Bom Retiro em Florianópolis -
NOVO TEMPLO
Av. Ivo Silveira, 1833 - Capoeiras - Florianópolis

INICIO DAS AULAS: Quarta dia 04/11 ( Curso básico)
Sexta dia 06/11 (Curso de bacharel pelo IBAD)


INFORMAÇOES: (48) 91652240; 91462163; 91013128

OU PELO ORKT: IBAD ADBR FLORIPA

CONGRESSO ACENDE O FOGO

CONGRESSO ACENDE O FOGO - 14 a 18/out - Quinta a Segunda - ENTRADA FRANCA - Novo Templo AD Bom Retiro em Florianópolis, SC - É IMPERDÍVEL
Com os Pastores:

- Germano Ruby (Argentina)
- Gregório Charckzuc (RS)
- Fernando Peters (EUA)
- Junior Batista (Anfitrião)

NOVO TEMPLO ADBR FLORIPA na Av. Ivo Silveira, 1833 Capoeiras!www.deustemmais.com

domingo, 18 de julho de 2010

FRUTO DO ESPIRITO - Um desafio diario

Sem o fruto do Espírito, passamos a desenvolver um cristianismo teórico, sem vida e seremos condenados pelos outros, como aconteceu a uma igreja inglesa, quando o famoso estadista indiano Mahatma Gandhi adentrou neste templo para assistir a um culto.No fim da reunião transtornado, numa reação que mistura indignação com sabedoria, ele assim exclamou: "O vosso Cristo eu quero, o vosso cristianismo eu não quero".

Com esta frase, podemos analisar o quão importante é o fruto do Espírito como uma verdadeira faceta de santidade pela Palavra como João Calvino, o homem que durante dez anos tornou Genebra a cidade de Deus na terra, pois verdadeiramente lá se vivia uma teocracia, pois Deus reinava absoluto segundo os ensinamentos da palavra de Deus, pois isto o reformador genebrino assim exclamou:
"- Devemos como servos de Deus nos submeter à escola das santas escrituras e tirar dali, tudo o que for necessário".

Nossa vida fala mais alto que nossas palavras, por isso o ensino deve novamente ser a prioridade da igreja, pois a palavra é a espada do Espírito (Efésios 6.17), e a forma de melhor transmiti-la é com nossa vida, como nos ensina Agostinho o bispo de Hipona.

"Evangelize, evangelize, evangelize e em último caso, diga alguma coisa".

A melhor forma de ganhar o próximo para Jesus é vivendo uma vida de integridade e isto só se torna possível mediante o fruto do Espírito Santo que são expressões do caráter de Cristo em nossas vidas.

Quando nossa vida fala mais alto não apenas nossas palavras são quando as pessoas vêem algo diferente no nosso falar, no nosso proceder, quando o evangelismo passa a ser também com a vida, tornando o mundo para nós uma "igreja" como dizia John Wesley o fundador do metodismo.

Esta sim é a verdadeira obra do Espírito, pois o Senhor está interessado num povo santo e de boas obras, que busque a santificação, tenha caráter e santidade para que assim possa fazer a diferença diante da pós-modernidade.

Diante de tantas indagações feitas pelo homem moderno à igreja deve oferecer respostas e estas têm que serem apresentadas com diferença de vida e agir, pois se buscarmos apenas os dons e não o fruto poderá causar espanto apenas pelas coisas miraculosas que podem ser feitas, mas não pela diferença social e humana que devemos causar na sociedade, impactando o homem moderno com atitudes que apresentem respostas para as principais indagações dos homens nesta era pós-moderna, onde as vãs filosofias dominam e a palavra poder e glória têm tomado conta do pensamento globalizado. Com esta reflexão analiso primeiramente a importância do fruto do Espírito tanto no contexto evangélico, como a sua influência sobre a sociedade, em detrimento de uma igreja que busca apenas dons e poder, mas tem sérias deficiências em áreas como maturidade e caráter. Agindo assim o mundo não observará na igreja uma agência de mudança, mas sim, uma agência de poder.
Na verdade o poder de Deus é de suma importância para o desenvolvimento da obra, mas tem que vir acompanhado pelo fruto do Espírito, pois do contrario nossa membrasia corre o risco de cair no ostracismo, valorizando demais dons, graça e conseqüentemente glória própria e menos caráter, santidade o que conseqüentemente apresenta a glória de Deus entre os homens, como o nosso Senhor Jesus nos ensinou, "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração". (Mt 11.29)

DEFINIÇÕES:

FRUTO: Segundo o dicionário do Globo a palavra fruto em sua etimologia significa filho, prole, efeito, resultado, utilidade, rendimento. Já no sentido bíblico o fruto esta sempre associado com nossas atitudes (Mt 7.
17-20), que devem estar sempre de acordo com os ensinos de Cristo (Lc 6.43-49), para que possamos estar sempre como uma vara ligada em Cristo para que possamos dar muitos frutos (Jo 15. 2-5), por que sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15.5).

DEFINIÇÃO TEOLÓGICA DO FRUTO DO ESPÍRITO SANTO:

A Missão do Espírito Santo é conduzir o homem a toda a verdade transmitindo a este as palavras de Cristo, fazendo-os lembrar (Jo 5.39), através da espada do Espírito (Ef 6.17), transmitindo ao homem a capacidade de ser alvo da plenitude do Senhor. Para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de estando arraigados e fundados em amor, poderdes, perfeitamente compreender, com todos os santos, qual a largura, e o comprimento, e altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3.17-19). Através
do Fruto do Espírito Santo estas virtudes se manifestam na vida do crente e este é cheio do Espírito Santo (Ef 5.18). Fruto do Espírito constitui-se em expressões do caráter de Cristo em nossas vidas, pois nos torna mais parecidos com o nosso mestre, restaurando o homem à imagem de Cristo (Rm 8.29, Cl 3.10), O Fruto do Espírito Santo produz santificação, pois ajuda o crente a ser mais submisso ao senhorio do Senhor, através de uma limpeza pela palavra (Jo 15.3), o que conduzira o homem à santificação (Jo 17.17), apresentando a verdade (Jo 8.32, 36), tornando o salvo um eterno discípulo de nosso Senhor (Jo 8.31), o que irá ajudar o crente a dominar a sua velha natureza (II Co 5.17, Gl 5.16-17) o que irá culminar em uma santificação de dentro para fora, ou seja, do espírito, alma e corpo, ensinando-nos o que é realmente andar no espírito (Gl 5.16), manifestando assim a verdadeira santidade. Com isto, não são as obras que fazem o homem ser bom, mas o homem bom faz as boas obras. (Martinho Lutero). Contrariando assim aquele velho ensino que santidade manifesta-se de fora para dentro como alguns sectários costumam ensinar. Devemos atentar que a palavra fruto encontra-se no singular e não no plural significando que é um fruto subdividido em nove atributos ou virtudes que tem no amor a sua origem, sendo esta a principal virtude as outras são conseqüências ou reflexos (Gl 5.22, I Co 13.1,4-8), e quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (I Jo 4.7-8).

VIRTUDES QUE COMPÕE O FRUTO DO ESPÍRITO

AMOR: No original grego a palavra amor tem vários significados, podendo primeiramente ser definido como amor ágape, Eros ou fileo. Como virtude principal e inicial do fruto do Espírito o amor aqui relatado é a ágape, ou seja, o amor divino.Este amor emana de Deus para o homem, pois o Senhor é a fonte de todo o amor (I Jo 4.8). O pastor Russel Norman Champlim em sua enciclopédia define este amor como. Um desejo intenso de agradar a Deus de fazer o bem à humanidade; a própria alma e o espírito de toda a verdadeira religião; cumprimento da lei e aquilo que dá energia a fé Nós o amamos porque ele nos amou primeiro, e se somos regenerados pela sua graça e justificados pela fé, recebemos
o amor de Deus que excede a todo o entendimento (Ef 3.18), cumprindo com isto os dois principais mandamentos da lei que foram enfatizados nos ensinos de Jesus quando este debatia principalmente com os escribas e fariseus, como no caso debate inicial sobre o cumprimento da lei para herdar a vida eterna o que culminou com Jesus contando a parábola do Samaritano. Amarás ao Senhor, teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo (Lc 10.27). Agindo segundo este ensinamento passaremos realmente a ter a plataforma para as outras virtudes do fruto do Espírito e cumpriremos cabalmente e com total integridade a religião verdadeira, como ensina-nos Tiago o líder da igreja em Jerusalém e irmão de nosso mestre: A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se da corrupção do mundo. (Tg 1.27).
Mediante este ensino de Tiago devemos amar ao próximo, como a nós mesmos, pois mesmo se eu falasse a língua dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine (I Co 13.1), por isto devemos analisar o décimo terceiro capitulo da primeira epistola de Paulo a igreja de Corinto, analisando que: "A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta. A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão, havendo ciência, desaparecerá; porque em parte conhecemos e, em parte profetizamos.
Mas quando vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado".(I Co 13.4-10 ARC). Analisando estes versículos sintomaticamente concluímos que o caminho para a santificação é a manutenção diária do fruto do Espírito Santo.

GOZO: No original grego é "chara", Trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa, e bondosa, caracterizando-se pela generosidade na dádiva aos outros, o que é resultado de um senso de bem estar e prazer na presença de Deus, o que é derivado de uma intimidade com o Senhor mediante a palavra (Os 6.3), o que gera regozijo no Espírito Santo. Este gozo envolve todas as áreas de nossas vidas nos tornando mais tranqüilos e sensatos diante das situações, mesmo as mais adversas. Para entendermos este gozo basta analisamos o Salmo
23.1, quando Davi assim exclama: O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.
Diferente do que muitos pretensos teólogos pensam este nada me faltará não se encontra ligado a bens materiais, mas a presença de Deus, pois quando realmente meditamos na palavra somos prósperos espiritualmente (Js 1.8), confiantes em Deus (Sl 46.10), sabedores de que mesmo que nunca nos falte dias de tribulações ou de alegrias devem ser sempre satisfeitas (I Tm 6.8), pois como o Senhor ensinou a Paulo ele também deseja nos ensinar: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo, pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injurias, nas necessidades, nas perseguições, nas angustias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte. (II Co 12.9-10).
Devemos ser gratos a Deus em tudo porque aos efésios Paulo assim nos ensinou: Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.
Irmão Paulo não esta nos ensinando a sermos passivos, pessoas que aceitem tudo que é ensinado na igreja, que aceitem tudo que os outros falam como palavra de Deus, mas o que Paulo nos ensina é que o gozo que nós sentimos na alma pela presença de Deus nas nossas vidas nos ensina, mesmo diante das piores situações de desespero, depressão, lutas, doenças e transtornos, que só a graça dele para nos ajudar a suportar todos os desafios impregnados da chamada Teologia do sofrimento. Quando entendemos verdadeiramente o que é a alegria no Espírito Santo, teremos um gozo na alma como um refrigério que mesmo diante das piores situações que em muitas vezes preferimos a morte como no caso de Elias, Moisés e Jonas a graça dele nos sustenta para nos mantermos fieis a sua palavra, não que não podemos sofrer, mas este refrigério nos ajudará a não deixarmos a nossa fé no eterno ir embora. Como também nos dias de alegria, este esta virtude irá nos ensinar a atribuir a Deus todas as nossas conquistas diárias, para que assim não venhamos a nos ensoberbecer, mas sempre regozijarmos no Espírito Santo pelas nossas vitórias pessoais, pois isto é dádiva dele.

PAZ: Como virtude do Espírito é a paz que excede a todo o entendimento. Foi pelo intermédio da cruz que Deus estabeleceu a paz (Cl 1.20). A paz envolve muito mais do que uma simples tranqüilidade, ela se encontra totalmente ligada a transformação segundo a imagem de Cristo, onde passamos a desenvolver a mente de Cristo (Rm 12.1-2). Assim o crente sabe qual é a boa, a perfeita e a agradável vontade de Deus passando a desenvolver uma maturidade cristã que irá permite-lo viver em paz com todos (I Ts 5.13, Hb 12.14). Abandonando assim por completo as implicações do eu humano, sabendo que como cristãos nossa maior preocupação deve ser refletir a pessoa de Cristo com nossas atitudes e busca sempre paz tanto interior como com todos.
O Reino de Deus é paz (Rm 14.17), porque Deus é Deus de paz (Fp 4.9, II Ts 3.16), e é ele quem nos outorga a paz de Deus (Cl 3.15), que excede a todo o entendimento (Fp 4.7), pois as coisas do Espírito são loucura para aqueles que não são da fé. A paz faz do crente um pacificador (Pv 15.18), alguém que com sua palavra transmite paz, segurança e amor: A palavra dura suscita a irá, mas a palavra branda desvia o furor (Pv 15.1). Como crentes devemos procurar manter o vinculo da paz com todos, sejam estes crentes ou descrentes (Rm 12.18). Agindo assim iremos honrar as palavras de Cristo.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou (Jo 14.27). Que a paz de Deus seja sempre o arbitro em todas as nossas atitudes e que por meio desta paz, façamos a diferença num mundo em volta de tendências pós-modernas.

LONGANIMIDADE: No grego é "makruthumia" que significa uma qualidade atribuída a Deus, ou seja, que ele tolera pacificamente todas as iniqüidades do homem. Transliterando para a língua portuguesa é animo longo o que significa aquele que tem paciência diante de várias situações, em vez de ter animo precipitado (Pv 14.29). Na Bíblia encontramos referências sobre a longanimidade de Deus (I Pe 3.20), Jesus demonstrou toda a sua longanimidade diante de todas as situações ao qual foi alvo no seu ministério terreno. O Amor de Deus é derramado em nossos corações através da obra do Espírito Santo (Rm 5.5), assim esta virtude irá ajudar o cristão a ser longânime tanto com os seus irmãos, como em todas as situações de sua vida. Só mesmo com paciência para agüentarmos o fardo do dia a dia, mas se tivermos o amor como plataforma, o gozo na alma, como regozijo e a paz de Deus que excede a todo o entendimento como marca, certamente então demonstraremos o animo longo em todas as nossas atitudes, sendo uma expressão do domínio próprio, diante de todos os tipos de situações, sejam elas favoráveis ou não. Quando temos animo longo nos lembramos das palavras de nosso Senhor quando assim ensinou: Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6.34).

BENIGNIDADE: No original grego é "chestotes", que significa gentileza e bondade. Este termo também pode indicar excelência de caráter, honestidade, sendo Deus a sua fonte originaria e Cristo foi quem melhor exemplificou esta qualidade, passando a ser o nosso modelo Maximo de benignidade. O cristão que possui este atributo é gracioso, gentil, educado e amável. Na Bíblia podemos encontrar o exemplo de benignidade de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo (II Co 10.1). Paulo orienta a igreja de Corinto a viver na benignidade e no espírito, ou seja, viver de uma forma espiritual e com amor, para que possa transmitir isto com atitudes reais e não com hipocrisias ou com os problemas que ocorriam na cidade de Corinto em decorrência da falta de uma vida de benignidade e no Espírito (II Co 6.6). Os seguidores do evangelho não devem se inflexíveis e amargos, mas antes gentis e suaves (Martinho Lutero).
Segundo Mathew Henry devemos viver com: Doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, que nos deixa facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa.

BONDADE: O Termo grego usado para bondade é "agathosune" que significa retidão, prosperidade e gentileza. Sobre este tema o apóstolo Paulo orienta os crentes em Roma:
" Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestardes uns aos outros". (Rm 15.14). Assim a bondade funciona como uma qualidade de generosidade e de ação gentil para com outras pessoas, sobre este tema Martinho Lutero assim expressou: Uma pessoa é bondosa quando se dispõe a ajudar àqueles que estão em necessidade.Este é grande desafio da bondade, transformar a mera reflexão em ação, ou seja, não ser bondoso apenas de palavras, mas com ações, amar realmente o próximo e lembra-se todos os dias que o meu próximo não é aquele que eu encontro pelos caminhos da vida, mas aqueles em cujo caminho eu me coloco. A bondade expressa a humildade que é a beleza da santidade, realmente se trilharmos caminhos bons, construiremos pontes entre as pessoas e não muralhas, seremos conhecidos não apenas pelo que pregamos, mas pelo que realizamos em vida, pois o grande interesse da vida não é viver, mas deixar marcas.

FIDELIDADE: No original grego é "pistis", que significa fidelidade ou confiança. Esta fidelidade indubitavelmente tem a ver com a fé, pois quando temos uma fé com fundamento (I Jo 5.4), verdadeiramente somos fieis a palavra, pois procuramos viver segundo os ditames da sã doutrina. A fé é gerada em nós pelo ouvir e o ouvir vem pela pregação da palavra (Rm 10.17), assim quando nossa fé é baseada nas escrituras e não em emoções somos discípulos de Cristo (Jo 8.31), o que irá nos tornar fieis ao Senhor. Esta fidelidade é gerada em nós através da fé salvadora, que é o meio pelo qual o Espírito Santo gera em nós fé para aceitarmos o convite da salvação (Ef 2.8-9). A fé não é produto humano, mas uma ação divina, pois não vem de nós, mas é dom de Deus, é dado aquele que Jesus convida a salvação mediante a fé salvadora que é transmitida pela pregação da palavra de Deus. A fidelidade à doutrina é de suma importância para o caminhar cristão, pois o justo viverá da fé e caminhara de fé em fé rumo ao céu (Jo 1.17).

MANSIDÃO: O vocábulo grego para mansidão é "prautes", que significa placidez e modéstia. Esta é uma das qualidades expressadas no sermão da montanha para aqueles que herdarão a terra. Os mansos herdarão a terra (Mt 5.5). Esta era uma das qualidades de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma". (Mt 11.29).
A mansidão é associada com a mente de Cristo, consistindo-se em gentileza e bons tratos com o próximo, pois são marcas indissociáveis de quem possui a mente de Cristo. Ele nos ensinou mansidão (Lc 6.27-29), os servos de Deus devem possuir este atributo (Tg 3.13), e se revestirem continuamente de mansidão (Cl 3.12), para que possamos ter bom trato com os outros, um olhar mais humano sobre todos os acontecimentos do dia a dia, olhando tudo em volta com humildade e sobriedade, para que assim possamos nos conservar pacíficos, com serenidade e brandura que devem ser as marcas de um verdadeiro cristão.

TEMPERANÇA OU DOMÍNIO PRÓPRIO: No grego é "egkrateia" que significa autocontrole, referindo-se a autodisciplina que um cristão precisa ter em sua vida. Tiago em sua epistola assim ensina: "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito e poderoso para refrear todo o corpo". (Tg 3.2). Muitas vezes o egoísmo, as contendas querem prevalecer em nossas vidas, por isso devemos buscar aniquilar as obras da carne, para viver uma vida de moderação (II Tm 1.7), que é uma força contra a carne (Gl 5.17), fazendo com que o crente busque em tudo a direção do espírito (Gl 5.25). Se vivermos no espírito, andemos também no Espírito. Assim devemos procurar andar no espírito (Gl 5.16), pois se assim agirmos somos cheios do Espírito Santo (Ef 5.18), porque somos guiados pelo Espírito (Gl 5.18) e assim passamos a desenvolver a temperança ou o domínio próprio. A temperança traz ricas bênçãos, pois ajuda o crente a rejeitar o mal (Sl 141.4, Dn 1.8) e lhe dá o domínio para discernir todas as coisas mediante a sua rica experiência com a palavra de Deus (I Ts 5.19, At 10.17).