terça-feira, 20 de setembro de 2011

O QUE É ESPIRITUALIDADE?

Dimensões de espiritualidade

Espiritualidade é o ponto de partida para que se possa estabelecer um posicionamento correto perante Deus e a sociedade, mas o que é espiritualidade? Alguns grupos evangélicos ensinam que a espiritualidade é expressa através das manifestações do Espírito nos cultos; outros grupos ensinam que espiritualidade é manifestada no crente através da piedade; já outros ensinam que ser espiritual é se interessar pelas transformações sociais. Dai resulta a questão sobre qual é a dimensão correta de espiritualidade que se deve praticar.

Espiritualidade Bíblica

Para compreendermos qual a dimensão correta de espiritualidade, urge saber o que não é espiritualidade, pois para conhecermos o verdadeiro, devemos saber identificar o falso.
Nos últimos cinqüenta anos tem emergido dos arraiais evangélicos os mais trans-loucados conceitos sobre espiritualidade, sendo que para muitos em nossas comunidades de fé, ser espiritual é estar moldado a tendências legalistas, repetir chavões, demonstrar anti-intelectualismo e isolar-se em um fanatismo exacerbado o que gera a sensação de uma falsa espiritualidade. Para os liberais teologicamente, ser espiritual é envover-se com temas sociais, que promovam o desenvolvimento de uma espiritualidade voltada para a transformação de valores que envolvam temas cabais da humanidade. Já para os fundamentalistas ser espiritual é basear-se todas as ações nas escrituras, procurando sempre o exercicio do serviço Cristão dignificando a Cristo, já os carismáticos colocam uma grande ênfase sobre os dons de poder e sinais, buscando uma efusão de milagres como houve no período da Igreja apostólica. Paradoxalmente estas práticas estão corretas em partes, todavia ao contrário do que é propagado, o homem espiritual é conhecido por sua maturidade cristã (I Co 3:1) e não pelo seu engajamento na área social, nem pelo seu puritanismo exacerbado ou por seu poder espiritual sem igual. Em suma, espíritual é aquele que busca desenvolver a diaconia, a teologia do servo (Mc10:45)

DIACONIA - PRÁTICA DE ESPIRITUALIDADE

Para entendermos diaconia como prática de espiritualidade devemos primeiramente compreender que vivemos em uma época em que a palavra diaconia tem sido interpretada erroneamente, pois muitos confundem o exercício do serviço cristão com o cargo de diácono e esquece-se que servir é uma das principais características de um cristão, tendo como exemplo que Jesus ensinou aos seus discípulos que ele não veio para ser servido, mas para servir.

Diaconia como serviço espiritual

É uma prática de espiritualidade gerada no homem a partir da graça de Deus, como vocação para preservar a vida em todo o cuidado que ela requer. Destacando que essa atitude de cuidado tem um brilho que ilumina ao redor, o qual é emanado da luz de Cristo e que impulsiona o homem para servir e cuidar da vida. Contudo urge saber qual o papel diaconal que temos desempenhado como corpo de Cristo, será que temos sido agente da graça de Deus entre os homens, oferecendo a estes saídas para os dilemas morais e sociais que os afligem ou temos procurado apenas um envolvimento distante, que faz uso de um discurso religioso, mas que, porém não atende as massas, pois não procura servir ao povo. Paradoxalmente deve o servo se engajar cada vez mais na prática do serviço cristão, buscando eliminar as diferenças e com isto tornar o Reino de Deus manifesto entre os homens. Entretanto que o exercício de nossa Diaconia não se consista apenas de palavras eloqüentes ou de discursos persuasivos, mas sim de ações que conduzam o homem a plenitude da vida cristã.

Cresce-se no Reino a partir do serviço.

O homem é capacitado para o serviço cristão pelo Espírito Santo com dons e talentos (I Co 12:5; I Pe 4:10 ), que devem ser usados visando o serviço do Reino. Um talento é uma habilidade humana e natural com a qual se nasce ou é adquirida e pode ocorrer nas áreas da: música, oratória, administração e outras. Já um Dom é um presente divino dado para ser usado no serviço Cristão. Geralmente recebemos dons que se enquadram com nosso talento e formação de vida, como no caso de um músico profissional. Ao converter-se fatalmente ele pode receber o dom da música e assim utilizar o seu talento natural na Igreja local para a glória de Deus. Contudo muitos cristãos não desenvolvem seus dons, pois não valorizam seus talentos, outros ficam angustiados porque não sabem para que Deus os chamou, outros valorizam apenas os dons de poder e resumem os dons espirituais a Línguas, Interpretação de Línguas e Profecia e como não receberam estes carismas consideram-se como crentes sem dons, pois pensam que os seus dons mais interiorizados são apenas talentos naturais.
Entretanto a exemplo de Jesus, devemos procurar servir, desenvolvendo nossas aptidões e assim fatalmente descobriremos em qual área da Diaconia o Senhor deseja nos usar.
Segundo o dicionário de Espiritualidade: “O papel do diácono é de ser um animador do serviço, da diaconia da igreja,nas comunidades cristã locais, sinal e sinônimo do próprio Cristo Senhor, que não veio para ser servido, mas para servir”.Pois quanto mais servimos, mais demonstramos nossa gratidão ao Senhor.






Ev. Orlando Martins

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